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Lia Bock

Vários motivos para dar um vibrador pra sua namorada

Lia Bock

13/06/2019 04h07

(Foto: iStock)

Este me parece um bom ano para cravarmos uma mudança na nossa cultura sexual. E ela se refere aos dildos, consolos e todos o tipo de vibradores.

Antigamente considerados os melhores amigos das mulheres solteiras, eles eram renegados ao cantinho da gaveta mais escondida. Já foram também comprados e usados em segredo e considerados concorrentes dos homens.

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Tudo coisa do passado, né, amores?

Hoje tem vibrador com design e a preço de joia –alguns são feitos até para ficarem expostos –e há também aparelhinhos tão pequenos quanto amistosos, bons para morar na mesinha ao lado da cama de casais bem resolvidos.

E, vejam, não é uma questão de "precisar" do vibrador. É uma questão de "querer", de aproveitar o que a indústria do sexo tem a nos oferecer para uma vida mais prazerosa e diversa.

Usar o vibrador a dois é a nova cinta-liga, por muito tempo considerada uma jeitinho de apimentar (como detesto essa expressão) a relação.

Pra você que está com cara de "fala mais sobre esse assunto", explico: tem casal que não costuma gozar junto, por exemplo. Diferença de ritmos e tal. É normal. Mas que é gostosinho chegar junto ao ápice, não dá pra negar. Pois os pequenos estimuladores de clitóris podem fazer isso por vocês. Numa posição em que todo mundo se encaixe e conecte, ele auxilia o casal a casar os ritmos durante a penetração. O anel peniano com vibrador também pode fazer isso. Esse é aquele anel de silicone que se coloca na base do pinto e que tem um vibradorzinho que fica bem em contato com o clitóris.

Outra coisa divertida é usar o vibrador na parceira e assistir a evolução do seu prazer. Além de gostoso, dá pra aprender um bocado observando.

E, veja, não estamos falando de consolos com formato de pinto e veias realistas aparentes. Isso é muito anos 1980. A grande maioria dos vibras é colorida e hightech. Existe um, por exemplo, que é um sugador de clitóris. Sim: ele faz uma pequena sucção, puxando o órgão pra fora. Dá muito prazer e lembra que os clitóris (no geral) são amigos da intensidade.

Pra aquelas mulheres que não gozam em todas as relações (ou não gozam em nenhuma) os vibradores são uma dádiva e tornam os orgasmos algo totalmente vinculado à transa. Se quiser, claro.

Não perca tempo achando que "isso é moderno demais pra mim". O mundo mudou e mudar junto com ele não é só uma questão de evolução, é uma questão de se abrir para o prazer.

Pesquise, leia, pergunte. Compre pela internet se estiver tímida (o) com a atuação num sexshop. Experimente, goze e curta a vida a dois em toda sua potência.

 

Sobre a autora

Comentarista na CNN Brasil, a jornalista Lia Bock começou a blogar em 2008 no site da revista "TPM", onde foi também editora-chefe. Passou por publicações como "Isto É", "Veja SP" e "TRIP". É autora dos livros "Manual do Mimimi: do casinho ao casamento (ou vice-versa)” e do "Meu primeiro livro", ambos editados pela Companhia das Letras. É mãe de quatro filhos e pode ser encontrada no Instagram @liabock e no Twitter @euliabock

Sobre o blog

Um espaço para pensatas e divagações sobre notícias, sexo, filhos, coração partido, afetações apaixonadas e o que mais parecer importante ao universo feminino.

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