A exposição da bebê de Sabrina Sato é problema de quem?

(Crédito: Reprodução/Instagram)
Nos últimos dias, o Instagram de Sabrina Sato bombou. Todos estavam de olho na recém-chegada Zoe. Vimos posts dos dias cheio de ansiedade que antecederam o parto na 41ª semana, vimos o parto, que era pra ser um natural, mas acabou sendo cesárea. Vimos o quarto da bebê e da maternidade e, claro, análises profundas sobre as recomendações para as pessoas que foram visitar na maternidade – que incluía não tossir e nem ficar mais que 20 minutos.
A chegada de Zoe virou notícia e muito porque Sabrina quis assim. Alimentou seus fãs (e a imprensa de celebridades) com perguntas, pediu opinião e ofereceu a eles imagens de todos os detalhes (alguns patrocinados, outros não) da gravidez. Tem quem não aguente mais ouvir falar da bebezinha. Tem quem tenha se apegado à Sabrina justamente por causa dessa nova fase.
E ela segue fazendo o que sempre fez, tirando proveito e enchendo a conta bancária às custas de sua própria rotina. Agora a rotina inclui Zoe. Tem muita celebridade por aí que nunca posta os filhos, prefere preservar a identidade dos pequenos. Do mesmo jeito que tem gente que vira celebridade justamente por causa dos filhos — sigo algumas.
O que não falta no mundo hoje é Instagram que tem criança como eixo. Criança é uma coisa fofa. Criança chama atenção no supermercado ou nas redes socais. Criança rende like. Se tiver menos que 3 anos, então, é like e comentário a perder de vista.
Percebo isso nas minhas próprias redes. Tenho quatro filhos, um de dez anos, um de cinco e duas bebês de três meses. As pessoas costumam curtir minhas fotos numa média sempre parecida, mas quando posto as bebês (gêmeas idênticas), a coisa explode. Muita gente comenta, manda coração. O engajamento é total.
Bebê vende. E Sabrina sabe disso. Está realizando o sonho de ser mãe, mas está também garantindo o futuro abastado da família.
Isso é um problema? Depende pra quem e depende ainda do que cada um considera problema. Confesso que tenho bode das mães (e famílias) perfeitas e superproduzidas do Insta. Tudo que é bonitinho demais, montado demais, fofo demais, planejado demais, me irrita. Mas isso é pessoal — e problema meu. Prefiro os Instagrans da vida real, gente que posta os filhos de vez em quando, quando acha que é o caso.
Sabrina nitidamente não está neste grupo. Zoe é a nova Suri, filha de Tom Cruise e Katie Holmes que virou febre nos sites especializados quando as redes sociais ainda estavam em seus primórdios. Ou até mesmo a nova Sasha, que quando pequena (ainda nos tempo em que as revistas reinavam) era a novela preferida de muita gente.
Zoe já é celebridade nas redes porque sua mãe quis assim e, assumamos nossa responsabilidade, nós (enquanto sociedade) quisemos assim. E, por mais estranho que seja para alguns, este é o mundo em que vivemos. O mundo do espetáculo da vida privada. O mesmo mundo que colocou os holofotes em Sabrina Sato – e segue vidrado no Big Brother e em suas crias. O mundo do espetáculo da vida privada. Me parece que, se existe um único problema em espetacularizar a bebê de Sabrina, ele não é dela. Concordam?
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