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Lia Bock

É inverno, hora de achar um amor!

Lia Bock

01/07/2017 04h00

Foto: Getty Images

Cazuza já cantou lindamente: "seu amor é uma mentira que a minha vaidade quer". E escutando essa música, que tem 28 anos, me peguei pensando sobre aquele momento em que estamos atrás de um amorzinho gostoso, e nem precisa ser um de 18 quilates. Vejo muita gente reclamar dos apps de paquera. Para, gente! Faz um uso inteligente que superfunciona. São as mesmas pessoas do mundo só que mais bem organizadas. E me deparo também com muitos resmungos sobre as pessoas legais estarem todas casadas (truco!). Acho que essa turma tá precisando escutar mais Cazuza e lembrar que "o amor a gente inventa, pra se distrair".

Bora, ser criativo? Dá pra facilitar as coisas pra nós. Isso envolve um exercício muito positivo de olhar em volta e pensar se não vale a pena a gente querer quem quer a gente. Mas como? Começando claro por riscar da agenda pessoas nocivas e trabalhadas no sistema de dar perdido, gente que machuca nosso coração e esvazia nossas almas. Apaga o telefone da agenda, sem só. Não falar, não encontrar, não pensar e claro: colocar outra coisa no lugar.

Determinação é tudo nessa vida. Pode ser corrida, ioga, passeio de bike, aqueles amigos que também estão solteiros e são ótimas companhias. Mas pode ser também aquela pessoinha que está te paquerando, te cutucou no app ou vive arrumando desculpa pra te mandar uma mensagem e você insiste em fingir que não percebe. Pois perceba. Receba.

Jamais ignore a certeza dos outros. A pessoa está te querendo? Está determinada? Dá uma chance. Eu adoro gente que tem certeza por dois. Acho tocante. E é isso, às vezes, ser tocado está mais em se abrir para o que o universo manda do que encontrar alguma coisa por conta própria.

Ser encontrado é delicioso. Porque às vezes, um amor entra devagarzinho por um cantinho escondido do corpo, para depois chegar manso e sorrateiro ao coração. Pura poesia. Alguns dizem que é sorte. Eu digo que é Cazuza na veia!

Existe muita beleza em se apaixonar, em escolher, sonhar e buscar esses sonhos. Mas isso a gente já sabe. O que eu tô falando aqui é da imensidão que pode ser deixar que alguém pegue na nossa mão e nos conduza por um trecho que não havíamos planejado passar. Mas pode não dar certo – os mais cautelosos vão avisar. Claro. Sempre pode. Mas o tentar também é romance, o tentar também é amor. E quando menos esperamos, já é verão, chega o carnaval e a purpurina ilumina o caminho de quem segue na busca.

Sobre a autora

Comentarista na CNN Brasil, a jornalista Lia Bock começou a blogar em 2008 no site da revista "TPM", onde foi também editora-chefe. Passou por publicações como "Isto É", "Veja SP" e "TRIP". É autora dos livros "Manual do Mimimi: do casinho ao casamento (ou vice-versa)” e do "Meu primeiro livro", ambos editados pela Companhia das Letras. É mãe de quatro filhos e pode ser encontrada no Instagram @liabock e no Twitter @euliabock

Sobre o blog

Um espaço para pensatas e divagações sobre notícias, sexo, filhos, coração partido, afetações apaixonadas e o que mais parecer importante ao universo feminino.

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