Ser amado é muito bom. Mas saber amar, é melhor
Existe um amor que a gente recebe, que nos comove, nos preenche. Um amor que vem de outro lugar e mexe no prumo da nossa vida, abre caminhos, sorrisos ou portas que já havíamos desistido de passar. Esse é o amor do outro. Um amor que surpreende, que abala.
E existe o amor que há em nós.
Esse, que cresce no nosso peito, é aquele que a gente percebe chegar de mansinho, como o peso de uma semente sobre terra – leve mas sólido. A gente sente ele brotar e ramificar. Esse é o amor que a gente rega e que sabe quanto pesa só de olhar. O amor que a gente quis ver vivo e cuidou pra que nos ocupasse de forma frondosa. Esse amor não tem a surpresa do que vem do que vem do outro, mas seu poder é magnífico.
É por isso que quando alguém não quer o nosso amor dói tanto, fere, devasta. É triste e frustrante justamente porque é todo um poder desperdiçado. Nossa potência para mudar o mundo minguando por falta de quórum.
É o amor que há em nós o responsável por aquela dose de certeza essencial na hora do vamos ver. É ele, e não o outro, que nos empurra firmes nos momentos de dúvida alheia. O amor que há em nós é capaz de mover o bonde todo, é capaz de mudar o rumo do barco à deriva. Ele resgata, esclarece, acolhe.
E nada mais gostoso do que sentir que temos força para levar a nós mesmo e ao outro para um lugar onde não haja dor. Nada mais gratificante do que ter a certeza por dois. E só o amor que há em nós faz isso. Não é o que vem do outro que nos dá energia, potência e a tranquilidade de quem dobra a aposta sem pestanejar. É o amor que a gente sente e joga no mundo (no outro) que pode mudar tudo.
Ser amado é muito bom. Mas saber amar, é melhor.
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