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Se a fila não anda, eu ando! (saiba como)

Lia Bock

24/01/2018 05h00

(iStock)

Quando é a hora de bater em retirada e assumir pra si que esse novo amor não é (e nem vai ser) o que poderia ter sido? Muita gente tem mania de se autopunir investindo em relações unilaterais, alimentadas com migalhas de sexo e gotas de atenção.

Ficamos juntos e é até gostoso, mas quando vai cada um pro seu lado, vem um vazio enorme, vem aquelas mensagens sem resposta ou as desculpas de sempre (muito trabalho, o cachorro, os filhos, os pais). E a gente finge que acredita e sofre em silêncio. Bem sabemos que quem quer de verdade, dá um jeitinho, né amores?!

Estar apaixonado é maravilhoso, mas é preciso saber enterrar uma paixão.

Bater em retirada e marchar firme rumo a nossa dignidade, rumo a um futuro incerto e cheio de possibilidades. Tem tanta gente no mundo. Por certo haverá outro alguém que ocupe mais espaço que o Gaspazrinho da vez.

Mas como saber que essa hora chegou? Um bom termômetro é o perdidômetro. Porque mensagem sem resposta tem uma cota e quando ela bate no topo, um abraço. A cota é individual e cada um sabe a sua. Pra mim é 1. Um perdido e deu a cota, apago o nome da agenda pra não correr o risco de mandar outra mensagem em cima da não respondida. Porque verdade seja dita, a humanidade que há em nós alimentada com um pouco de cerveja, faz dessas baixezas.

Outra coisa que conta é o chilicômetro. Pessoinha mal entrou na sua vida e já da piti? Foge! Corre antes que piore, porque nunca ouvi falar de gente melhora de falta de educação depois que começa a namorar. Não tape o sol com a peneira e lembre do Gerasamba: "crush que nasce torto, nunca se endireita". (ok, péssima piada)

O legal de uma paixão é a reciprocidade. E uma das coisas que mais faz crescer o bolo é a igualdade de quereres. Eu te quero, você me quer. Eu te ligo, você me liga. Eu te encanto, você me encanta. E ninguém convence o outro a querer igual, no máximo a gente desperta isso, você tá lá meio na dúvida e a coisa vem.

Não estou dizendo que devamos desistir no primeiro impasse, mas se depois de tentar um tanto, a coisa não deslanchou: au revoir mon amour, que se a fila não anda, eu ando

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Sobre a autora

Comentarista na CNN Brasil, a jornalista Lia Bock começou a blogar em 2008 no site da revista "TPM", onde foi também editora-chefe. Passou por publicações como "Isto É", "Veja SP" e "TRIP". É autora dos livros "Manual do Mimimi: do casinho ao casamento (ou vice-versa)” e do "Meu primeiro livro", ambos editados pela Companhia das Letras. É mãe de quatro filhos e pode ser encontrada no Instagram @liabock e no Twitter @euliabock

Sobre o blog

Um espaço para pensatas e divagações sobre notícias, sexo, filhos, coração partido, afetações apaixonadas e o que mais parecer importante ao universo feminino.

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