Topo

Lia Bock

Stalkeia, mas não chega junto? Você precisa de um detox das redes

Lia Bock

22/07/2017 04h00

Você encontrou uma pessoa nova. Gostou dela. Resolveu que queria paquerar.

A) Você vai até ela e puxa um papo
B) Você pergunta pra algum amigo em comum quem é a pessoa, se está solteira e vai lá e falar com ela 
C) Você pergunta pra algum amigo em comum quem é e se a pessoa está solteira e quando chega em casa adiciona ela na redes sociais 
D) Você vai embora, stalkeia loucamente nas redes, descobre o nome e adiciona a pessoa

Se você escolheu as opções C e D um aviso: talvez você esteja precisando de um detox das redes. Sim, porque só o vício explica uma pessoa ficar a fim de outra, estar no mesmo ambiente que ela e… ir pra casa (ou a um canto qualquer) mandar uma mensagem.

Alguém pode dizer que é timidez. Bom, então estamos passando pelo maior surto de timidez de todos os tempos, não é mesmo? De repente todo mundo virou timidão e só consegue paquerar com o intermédio do teclado. Não sei não. Tô mais para achar que estamos ficando habituados com esse tipo de paquera a distância. Com o "conforto" e a "segurança" de quem não precisa olhar no olho.

E vejam, nada contra as paqueras a distância. Eu adoro os aplicativos, adoro essa coisa de ser todo mundo igual perante ao Tinder e já usei muito recursos como e-mail, carta, bilhetinho, fax, DM, Charm e formas de conexão não presencial para os fins de paquera. Tudo isso resolve superbem quando a pessoa não tem cruzado muito nosso caminho. Mas, se a pessoa tá ali na frente, por que não ir lá dar um alo ao vivo?

Uma amiga que andou sendo paquerada por mensagem por gente do seu círculo (e, muitas vezes, logo depois de encontrar pessoalmente) e lançou um movimento: "por favor, falem comigo!".

Gente: friozinho na barriga! Chegar junto, puxar um papo, olhar no olho, ver se bate um lance e pedir o telefone é muito legal! Bora deixar essas coisas acontecerem? Larga um pouco esse celular e lembrar que a vida acontece ao vivo (também).

Sobre a autora

Comentarista na CNN Brasil, a jornalista Lia Bock começou a blogar em 2008 no site da revista "TPM", onde foi também editora-chefe. Passou por publicações como "Isto É", "Veja SP" e "TRIP". É autora dos livros "Manual do Mimimi: do casinho ao casamento (ou vice-versa)” e do "Meu primeiro livro", ambos editados pela Companhia das Letras. É mãe de quatro filhos e pode ser encontrada no Instagram @liabock e no Twitter @euliabock

Sobre o blog

Um espaço para pensatas e divagações sobre notícias, sexo, filhos, coração partido, afetações apaixonadas e o que mais parecer importante ao universo feminino.

Blog da Lia Bock