Então é Natal: tempo de agenda cheia, fígado em frangalhos e zap bombando!
Bem-vindos à época natalina, tempo de confraternização, encontros e, claro, proliferação de grupos no WhatsApp! Tem o grupo da festa da firma, o grupo do amigo-secreto das amigas, o grupo do Natal da família e também o dos eventos dos filhos. Some-se a isso todos os grupos fixos que administramos diariamente e o resultado é uma infestação de mensagens sobre quem vai levar o quê e quem vai dar presente pra quem impossível de acompanhar na íntegra.
Não são raros os casos de mensagens paralelas, fora dos grupos, dando pito nos desatentos que perderam o pé na quilométrica troca.
Gente, tem o balanço do ano no trabalho, os eventos das escolas, os presentes pra comprar… Por que todo mundo tem que confraternizar sempre nesses mesmos 15 dias? Não tem agenda que dê conta, não tem fígado que dê conta e não tem relação saudável com a tecnologia que dê conta!
As pessoas passam o ano brigando contra o "fomo" ("medo de perder alguma coisa", em inglês) e tentando usar as redes sociais com parcimônia pra chegar no fim do ano e descer ladeira abaixo rumo ao vício, tamanha a quantidade de grupos transitórios de eventos com os quais precisa lidar.
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E, quando você acha que está tudo combinado e engatilhado, depois de milhares de mensagens sobre data, hora, quem leva o pernil e a marca de cerveja de que todo mundo gosta, vem um corninho e lança a pergunta: "Não posso neste dia, dá pra mudar?" Voltamos à estaca zero, e toca gastar mais um par de dias para chegar (novamente) numa conclusão.
E você acha que porque o evento estava marcado pro dia 15 você fica livre dele em seguida? Não! Porque a galera tem que enviar as fotos. O jeito mais rápido de acabar com a memória do celular e ficar com um monte de imagem bacana, mas sem qualidade, armazenada pra sempre.
Sim, porque, prevendo que as pessoas não têm nenhum traquejo para edição (o que significa escolher apenas algumas imagens), o Whats comprime tudo fazendo das fotos trocadas um grande lixo digital. Saudades dos tempos em que o filme só tinha 36 poses e as pessoas tinham que trabalhar internamente essa necessidade de clicar, clicar e clicar.
Há quem pense que não acompanhar é uma opção. Bom, cuidado, o pessoal pode transformar aquela troca de presentes sem fim em um amigo-secreto e você micar com os 15 presentes que comprou a duras penas pra galera toda. Ou mudam o dia do evento e você dá com a cara na porta. Mas nada é pior do que dar de cara com o ex no Natal da família, entrar em choque e ter que ouvir: "Mas tava lá, avisei no grupo".
Vem, Papai Noel! Vem pra gente adentrar logo as festividades de Réveillon onde ninguém mexe no celular e a gente pode, enfim, olhar o mundo lá fora.
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