Quem aí curte sexo levanta a mão!
Sexo é um assunto que vende. Rende muitos cliques, gira um mercado milionário e é praticado na maioria dos lares do mundo. As pessoas querem assistir, querem se informar, bisbilhotar, aprimorar e, claro, querem fazer.
Mas é curioso como a nossa sociedade nega todo esse interesse em nome de uma moral que, no fundo, ninguém sabe quem criou. Vocês já pararam pra pensar em qual o significado de uma coisa natural, que todo mundo faz ter tanto tabu envolvido?
Não pode falar de sexo nas escolas nem pra orientar corretamente os jovens, não pode postar coisa de sexo nas principais redes sociais, nem que seja para conscientizar a população, porque fere os termos de uso. Não pode pregar um mercado justo no setor pornográfico porque falar de pornografia é "proibido".
E pra onde esse bando de restrições nos leva? Pra um lugar onde o índice de gravidez adolescente segue altíssimo, o número de estupros por hora é espantoso e a indústria segue existindo com práticas abusivas que desvalorizam e oprimem a mulher.
E nós? Nós seguimos clicando nos links picantes, nos vídeos vazados sem consentimento, nos sites especializados que seguem livremente com suas práticas questionáveis e, claro, seguimos transando, porque é bom e faz bem.
Vocês percebem o contra senso?
E, vejam, não estou dizendo pra gente sair por aí pregando o oba-oba erótico pra qualquer idade. Quem trabalha próximo ao mercado adulto sabe muito bem como é importante restringir o acesso a conteúdos e acertar o tom para falar com cada faixa etária. Mas não me parece uma coisa muito produtiva a gente fingir que sexo não existe ou seguir com o argumento fraco de que "isso é assunto pra fazer entre quatro paredes".
Turma, é entre quatro paredes que crianças estão sendo abusadas. É entre quatro paredes que os estupros coletivos acontecem. É entre quatro paredes que as crianças acessam conteúdos de sexo violento que deseducam e traumatizam.
LEIA MAIS:
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Transar pode, sim, ser visto como algo para se fazer com discrição, mas falar de sexo precisa sair da clandestinidade. É preciso desmascarar a hipocrisia que existe sobre esse assunto. É preciso questionar regras e tradições desatualizadas e criar um novo padrão para o assunto onde a gente deixe pra trás o que já se mostrou ineficaz e prejudicial e coloque na mesa um "novo certo", que respeita todos os envolvidos e não mascara problemas sistêmicos em nome de uma moral que, por ora, serve para piorar nossos índices e jogar nossos problemas pra debaixo do tapete.
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